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Ela é um mergulho bonito e profundo. É água em toda a sua essência: é rio, é mar, é afluente, é mangue, é onda e é maré. Ela é ancestralidade: uma mulher de axé, de terreiro e de aldeia. Os orixás e encantados lhe dão força para criar e reexistir, e ela devolve em canções. Ela um abraço, é coletivo, é comunidade. É multipotências, uma realizadora!

Ela é HÉLOA, minha convidada neste episódio de OuviaLi Podcast.

“Na aridez brotam coisas incríveis. Da escassez brota muita resistência”

No papo maravilhoso, Héloa contou – entre muitas coisas – sobre como se entendeu uma mulher de terreiro e de aldeia, sobre a importância de ser uma artista agregadora e de comunidade. Contou sobre sua relação com sua terra, Sergipe, e sobre sua experiência com diversas vertentes, como o esporte, a dança, a música, o teatro, as artes visuais. Falou também sobre cada um dos seus álbuns e sobre o novo álbum que vem aí: Árida.

Mais sobre Héloa

Héloa é uma multiartista sergipana, é atriz, cantora, compositora, cineasta, artista visual e empreendedora, fundadora da Aláfia Cultural e co-fundadora da ONG Casa de Mar e vê a música de maneira tridimensional, integrando-a às diversas formas de expressões artísticas, assim, a artista está presente em todo o processo criativo da sua carreira desde as composições, aos figurinos, direção criativa e roteiro audiovisual de seus clipes e filmes.

Com foco nas matrizes afroindígenas, Héloa se debruça em pesquisas sobre as diversas tradições e povos que carregam a força da ancestralidade no Brasil , a fim de reconstruir narrativas acerca da história desses povos por meio da arte.

Com 15 anos de carreira, Héloa traz na bagagem muitos feitos no campo das artes, soma uma discografia com três álbuns, dois EPs e um DVD.

Seu EP de estreia, Solta (2013), lhe rendeu premiações em importantes festivais em seu estado e no Nordeste. Em seguida, migra pra São Paulo e lança seu primeiro álbum, EU (2016) que marca a chegada da artista à grande megalópole. Esse disco lhe rendeu turnês no Brasil, participação em importantes festivais e parcerias no palco com nomes importantes da cena brasileira como Otto e Geraldo Azevedo. 
 
Héloa | Foto: Duda Portella/Divulgação
 
Já em Opará (2019), segundo disco de carreira da artista, contou com participações muito especiais de Mateus Aleluia, Fabiana Cozza, Mestrinho, Indígenas da aldeia Kariri-Xocó e o Grupo Mulheres Livres (grupo de mulheres sul-africanas). 
 

Durante a pandemia, Héloa lançou seu segundo EP, Opará na Pista (2020), trazendo uma roupagem eletropop a canções produzidas por DJs e produtores musicais brasileiros, como Yuri Queiroga e Dj Dolores, Lucas Estrela e Furmiga Dub.

Para celebrar seus 15 anos de trajetória, Héloa estreou Afluentes (2021), um filme que apresenta imagens de suas memórias ao longo da carreira junto a um show ao vivo, gravado nas margens do rio Vaza Barris, em Sergipe, resultando também no EP Afluentes, que saiu via selo Candyall Music
 
Esse trabalho abriu caminho para o yIDé, álbum que tem a produção musical de Carlinhos Brown e Yuri Queiroga e conta com a participação especial de Mateus Aleluia, Margareth Menezes, Maestro Spok, Lia de Itamaracá, Luiz Caldas e Grupo Sabuká Kariri-Xocó. Esse álbum lhe rendeu a premiação no Prêmio Profissionais da Música, na categoria MPB (Nordeste).
 

Além dos feitos na música, Héloa lançou, em 2017, o filme documental, “Eu, Oxum”, o qual assina o roteiro e a direção, que tem o marco de quase 800 mil visualizações no Youtube e circulação em diversas mostras de cinema negro nacionais e internacionais.

Em 2023, Héloa lançou o Selo Aláfia Cultural que lançou o primeiro EP Musical do Grupo Indígena Kariri-Xocó, no qual Héloa também assina a direção artística.
 

Acompanhe Héloa nas redes:

@heloaeu

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