Ele é verdade e inteireza. É intensidade e sensibilidade. É música pulsante. É talento pulsando.
Ele é engajado com a vida e com o humano. Canceriano, com ascendente em Peixes e lua em Câncer, ele ama profundamente e também foi criando certo ceticismo com algumas coisas da vida.
Com sua arte, profunda e política, ele ajuda a manter viva a cultura de um país.
Ele é AYRTON MONTARROYOS, o meu convidado neste episódio de OuviaLi!
“Quem tem a música não está só”
No papo maravilhoso, Ayrton contou – entre muitas coisas – sobre sua infância em Recife, sobre sua relação com o ofício de artista e sobre a experiência de dividir o palco com pessoas que ele escutava desde criança.
Também falou sobre os seus estudos de cultura popular e sobre nadar contra um mercado que quer nos engolir. Falou sobre seu novo álbum e sua paixão pelo Carnaval!
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Mais sobre Ayrton Montarroyos
Ayrton Montarroyos começou cedo, aos 11 anos, cantando em saraus e rodas de choro em Recife, sua cidade natal. Aos 18 anos, fez suas primeiras gravações em importantes discos de música brasileira. Um deles, inclusive, indicado ao Grammy Latino em 2013.
Aos 20 anos, tornou-se vice-campeão do The Voice Brasil, da TV Globo, interpretando canções elementares da música brasileira, como “Carinhoso” (Pixinguinha/João de Barro).
Aos 22, Ayrton lançou o seu primeiro álbum “Ayrton Montarroyos” (2017 -Independente), que recebeu críticas dos principais veículos do Brasil e de países como Japão, como na revista J. Wave.
Seu primeiro disco foi produzido por Thiago Marques Luiz, responsável por álbuns que trabalham com a manutenção da memória popular, através da série “100 Anos”, e pelos últimos trabalhos, quase todos premiados, das carreiras de Cauby Peixoto e Angela Maria.
Nesse primeiro disco, Ayrton cantou acompanhado por arranjos escritos por Arthur Verocai, Zé Manoel, Vitor Araújo e Diogo Strausz. E é nesse mesmo disco que interpreta uma canção até então inédita de Zeca Baleiro, “À Porta do Edifício”.
Em 2019 Ayrton lançou pela gravadora Kuarup, o seu segundo álbum: “Um Mergulho no Nada”, que ao contrário do seu disco de estreia, dispunha, para além da voz, de um único instrumento. Edmilson Capelupi, violonista brasileiro conhecido por ter acompanhado Dominguinhos, Rolando Boldrin, Beth Carvalho, Nana Caymmi, Ademilde Fonseca, Noite Ilustrada e tantos outros artistas brasileiros, de diversas gerações, divide o trabalho com o artista. Gravado ao vivo no antigo “Teatro Itália”, em São Paulo, o disco é composto por canções de artistas contemporâneos do intérprete, como “Pé Na Estrada” (Ylana/Yuri Queiroga) e interpretações complexas de compositores veteranos, como da música “Mar e Lua” (Chico Buarque).

Em 2020, longe dos palcos por conta da pandemia, Ayrton criou uma série de pesquisa de música brasileira, em estúdio de gravação, que era transmitida para mais de duas mil pessoas semanalmente, ao vivo. Foram mais de vinte programas cantando e contando histórias da MPB, que depois tiveram seus áudios distribuídos pelas gravadoras Biscoito Fino e Kuarup.
Em 2021, Ayrton fez parte da trilha sonora da trama “Quanto Mais Vida, Melhor!”, da Rede Globo. O cantor participava com duas músicas na novela. “E Então” e “I Can’t Get You Out Of My Head”.
Em 2022, entrou em turnê ao lado de Edu Lobo e Vanessa Moreno, preparando a comemoração dos oitenta anos de vida do compositor de obras célebres como “Beatriz”, “Ponteio” e “Arrastão”.
O espetáculo virou disco (“Oitenta” – Edu Lobo/Biscoito Fino 2023) que também teve as participações de Monica Salmaso e Zé Renato.
No mesmo ano, seguindo a lógica de exposição da sua pesquisa sobre MPB na internet, aliada ao seu canto, começou a publicar, também semanalmente, vídeos em formato de “reels” em plataformas digitais, com milhões de acessos, onde discorre sobre assuntos relevantes à arte em uns e canta músicas que lhe são queridas em outros.
Além dos shows com Edu Lobo, Ayrton apresentou pelo Brasil o show “Ayrton Montarroyos Canta Caetano Veloso” ao lado dos músicos Rodrigo Campos e Arquétipo Rafa, esse último produtor do seu mais recente trabalho, lançado em 2024, “A Lira do Povo”.
Batizado pelo compositor e produtor responsável pela descoberta de Clementina de Jesus, Hermínio Bello de Carvalho, o espetáculo trata dos mitos e folclores brasileiros, com uma banda de instrumentação orgânica e quase acústica.
Diferente de trabalhos anteriores do artista, a apresentação se propõe a ser uma experiência sensorial para o público que assiste a três suítes que percorrem sertão, mar e cidade do Brasil, em menos de uma hora, em meio a um projeto ambicioso de som, luz, figurinos e cenário. Os três músicos se revezam nos instrumentos e criaram de forma coletiva os arranjos.
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